u.s.w.

dezembro 10, 2008

Opening

Esses dias estava no Instituto de Artes participando do último ensaio para o Concerto do professor Dimitri Cervo, em homenagem aos 100 anos do IA. O grupo de flautas estava ensaiando uma composição dele para 8 flautas, Canauê. No intervalo do ensaio ele sentou-se ao piano, pegou uma partitura e começou a tocar uma peça que achei linda!! Como estava sentada bem do lado dele, espichei o olho para partitura para ver o nome da peça e do compositor: Opening, do Philip Glass, compositor minimalista americano (também compôs trilhas para o Cinema como a do filme As Horas).

Cheguei em casa e já fui catar a música no youtube. Aí lembrei que tinha conta no Last.fm e coloquei pra buscar músicas do Philip Glass. Acabei descobrindo um monte de músicas e compositores e relembrando de outros que escutei nas minhas aulas de História da Música, como Arvo Pärt, Ludovico Einaudi, Erik Satie entre vários outros.

Já baixei várias peças e essa “descoberta” veio em boa hora, porque estava mesmo procurando alguma coisa nova para escutar!!

dezembro 5, 2008

Férias, let’s have some fun!!!

Filed under: bem u.s.w, blip'n'beer, música — Tags:, , , — epona @ 2:27 am

Férias, finalmente!! Que coisa bem boa =]

Na verdade só férias da UFRGS, pq ainda tenho meu aluno particular de flauta, aulas na Escola de Música UNISC, e os concertos de final de ano da Orquestra Jovem UNISC

Bom, hoje tive minha última atividade desse semestre na UFRGS, recital da cadeira de Canto Coral. Ensaiamos durante o semestre inteiro uma peça do prof. Fernando Mattos, “Histórias Brasileiras”, e hoje foi a “estréia mundial” desta peça. Acontece que, pela cadeira de Canto Coral ser aberta a todos os cursos da UFRGS, muitas vezes enche de gente muito sem noção, tipo uma contralto que estava cantando do meu lado que simplesmente não conseguia cantar a mesma coisa que a gente… na verdade ela tinha uma linha de voz só pra ela! heheeh
E por esses motivos é que a peça não evoluiu, e de 8 movimentos, acabamos cantando só 4 (o que decidimos minutos antes de começar o recital!!).
Voltei pra casa não muito satisfeita com a apresentação, mas com sensação de missão cumprida e feliz por estar de férias!

Me encontrei então com a Lu pra comemorar as férias e tomar uma(ss) ceva(sss) no Prefácio Bar. Voltando pra casa, estávamos chegando na esquina da Sarmento com a Lima e escutamos um som de “bandinha”. A esquina estava lotada de pessoas assistindo a um grupo formado por clarinete, trompete, tuba, trombone de vara, bumbo, e uma, ahnn.. mini bateria portátil!! Genial o grupo, pena que eu estava sem minha máquina fotográfica. Entre outras, tocaram Bésame Mucho e Thriller!!! Achei legal ter tanta gente assisitndo, e lembrei de uma conversa que tive ontem no encontro do Blip’n’Beer, sobre música e sobre a cultura de tocar na rua, que aqui não é bem vista e nem é costume. Já aproveitei e combinei com a Lu de ensaiarmos alguma coisa e ir tocar num domingo na Redenção =]

Então é isso.. espero conseguir atualizar meus blogs (este aqui e mais o Aromas & Temperos), organizar “O Retorno” do meu .com, organizar mil partituras que estão rolando pelo meu quarto e por aí vai!!

outubro 24, 2008

Charles Koechlin

Mais uma vez um trabalho pra cadeira de Música de Câmara da faculdade vai virar post! Muitas vezes temos dificuldade em encontrar informações sobre determinados compositores, então acho mais do que justo compartilhar minha pesquisa!!

Biografia

Charles Louis Eugène Koechlin, nascido em Paris no dia 27 de novembro de 1867, foi compositor, musicólogo, crítico musical e escritor.

Era o filho mais novo de uma grande família e se orgulhava muito da descendência materna, que provinha da Alsácia. Seu avô materno, Jean Dollfus, foi um notório filantropo e trabalhava com tecelagem de algodão, influenciou fortemente Koechlin em sua consciência social. Seu pai morreu quando ele tinha 14 anos. Apesar de ter se interessado desde cedo pela música, sua família queria que ele se tornasse engenheiro. Contudo, contraiu tuberculose e teve que passar seis meses se tratando na Algéria. Depois de terminar seus estudos, foi permitido a ele entrar no conservatório de Paris, em 1890, onde estudou com Antoine Tadou (harmonia), Jules Massenet (composição), Andre Gédalge (fuga e contraponto) e Louis Bourgault-Ducoundray (história da música). Foi amigo e colega de George Enescu, Maurice Ravel, Florent Schmitt, Claude Debussy (cujo balé, Khamma, orquestrou em grande parte em 1913), entre outros. Em 1896 tornou-se pupilo de Gabriel Fauré, o qual exerceu grande influência sobre sua música.

Após sua graduação, atuou como professor e compositor freelancer. Se fez notar mais por seus textos sobre música e por suas aulas (tendo sido professor de Milhaud e Poulenc) do que por sua música.

Faleceu em sua casa de campo em Le Canadel aos 83 anos de idade, no dia 31 de dezembro de 1950.

Estilo e Obras

Koechlin era muito eclético nas suas inspirações. Utilizava-se da natureza, mistérios do oriente, cultura popular francesa, cultura Helenística, corais de Bach, astronomia, e até filmes holiwoodianos. Entre suas composições que se inspiram e homenageiam atores cinematográficos, encontra-se “Epitaphe de Jean Harlow” (1937).

Sua produção musical é enorme, embora pouco conhecida (Koechlin foi injustamente esquecido e em todo o material lido para compor este trabalho, credita-se boa parte deste esquecimento à sua natureza inflexível e seu desinteresse pelas questões mundanas). Existem mais de 200 obras com números de opus, muitas delas peças sinfônicas, corais ou de câmara. Entre outras obras incluem-se poemas sinfônicos, obras corais, canções e sonatas instrumentais.
Suas obras demonstram domínio de contraponto e uso habilidoso da cor instrumental. Algumas obras refletem suas tendências comunistas, algumas são politonais, outras influenciadas por seu amor por Bach.

Principais obras

Sinfonias:
Sinfonia em Lá maior (1893-1900)
Sinfonia No.1 op.57bis (1926)
The Seven Stars Symphony op.132 (1933)
Symphonie d’Hymnes (1936)
Sinfonia No.2 op.196 (1943-44)

Poemas sinfônicos:
La Forêt, op.25 (1897-1906) & op.29 (1896-1907)
Nuit de Walpurgis Classique op.38 (1901-1916)
Soleil et danses dans la forêt op.43 no.1 (1908-11)
Vers la plage lointaine, nocturne op.43 no.2 (1908-1916)
Le printemps op.47 no.1 (1908-11)
L’hiver op.47 no.2 (1908-10 orch 1916)
Nuit de Juin op.48 no.1 (1908-11 orch 1916)
Midi en Aout op.48 no.2 (1908-11 orch 1916)
La course de Printemps op.95 (1908-25)
Vers la Voûte étoilée op.129 (1923-33)
La Méditation de Purun Bhaghat op.159 (1936)
La cité nouvelle, rêve d’avenir op.170 (1938)
La loi de la jungle op.175 (1939-40)
Les Bandar-Log op.176 (1939-40)
Le buisson ardent opp.171 (1938) & 203 (1945)
Le Docteur Fabricius op.202 (1941-44, orch 1946)

Instrumento solo e orquestra:
Três corais para órgão e orquestra op. 49 (1909-16)
Ballade para piano e orquestra op. 50 (1911-19)
Poème para trompa e orquestra op. 70bis (1927)
Duas sonatas para clarinete e orquestra de câmara, op. 85bis e op. 86Bis (1946)
20 Chansons Bretonnes para violoncelo e orquestra op. 115 (1931-32)
Silhouettes de Comédie para fagote e orquestra op. 193
Duas sonatinas para oboé e orquestra de câmara op. 194 (1942-43)

Banda de sopros:
Quelques chorals pour des fêtes populaires op.153 (1935-36)

Música de Câmara:
Quarteto de cordas No.1 op.51 (1911-13)
Sonata para flauta e piano op.52 (1913)
Sonata, para viola e piano op.53
Quarteto de cordas No.2 op.57 (1911-15)
Sonata para oboé e piano op.58 (1911-16)
Sonata para violino e piano op.64 (1915-16)
Sonata para violoncelo e piano op.66 (1917)
Sonata para trompa e piano op.70 (1918-25)
Sonata para fagote e piano op 71
Quarteto de cordas No.3 op.72 (1917-21)
Sonata para duas flautas op.75 (1920)
Sonata No.1 para clarinete e piano op.85 (1923)
Sonata No.2 para clarinete e piano op.86 (1923)
Trio para flauta, clarinete e fagote (1927)
Quinteto para piano op.80
29 Chansons Bretonnes para violoncelo e piano op.115 (1931-32)
L’Album de Lilian (Book I) para flauta, clarinete e piano op.139 (1934)
L’Album de Lilian (Book II) para pícolo, flauta, piano, clavicórdio, ondes martenot op.149 (1935)
Quinteto No.1 para flauta, harpa e trio de cordas, Primavera op.156 (1936)
14 Pieces para flauta e piano op.157b (1936)
Epitaphe de Jean Harlow para flauta, saxofone alto e piano op.164 (1937)
Septeto para instrumentos de sopro op.165 (1937)
14 peças para clarinete e piano op.178 (1942)
14 peças para oboé e piano op.179 (1942)
15 peças para trompa (ou saxofone) e piano op.180 (1942)
15 estudos para saxofone e piano op.188 (1942-44)
Sonate à sept para flauta,oboé,harpa e quarteto de cordas op.221
Quinteto No.2 para flauta, harpa e trio de cordas Primavera II op.223 (1949)
Stèle funéraire para flauta, pícolo e flauta contralto op.224 (1950)

Trabalhos corais:
L’Abbaye, suíte religiosa para solo, coro e orquestra opp.16 & 42 (1908)
3 Poèmes para solo, coro e orquestra op.18 (Jungle Book Cycle)
Chant funèbre à la mémoire des jeunes femmes défuntes para coro e orquestra op.37 (1902-08)
Chant pour Thaelmann para coro e piano op.138 (1934)
Requiem des pauvres bougres para coro,orquestra, piano, órgão e ondes martenot op.161 (1936-37)

Principais obras teóricas:
Étude sur les notes de passage (1922)
Debussy (1927)
Traité de l’harmonie – 3 volumes (1927-1930)
Étude sur l’écriture de la fugue d’école (1933)
Teorie de la musique (1935)
Musique et le peuple (1936)
Traité de l’orchestracion (1954-1959)
Les instruments a vent

Fontes:

http://www.britannica.com/EBchecked/topic/320960/Charles-Koechlin
http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Koechlin
http://en.wikipedia.org/wiki/Charles_Koechlin
http://www.encyclopedia.com/doc/1E1-Koechlin.html
ZAHAR, Jorge. Dicionário de Música, Zahar Editores.GROVE.
Dicionário de Música. Edição Concisa, Jorge Zahar Editor

agosto 21, 2008

24 Hour Party People

Filed under: 80's, música, review, vídeos — Tags:, , — epona @ 5:52 am

Sugestão de filme que vi e adorei! 24 Hours Party People (no Brasil, A Festa nunca termina – tudo a ver -) é um filme inglês de 2002 e conta a história do selo Factory Records, retratando a cena alternativa de Manchester, conhecida como Madchester, nos anos de 1976 a 1997.

O filme é uma dramatização de eventos reais e simbólicos, muitas vezes lembrando um documentário – bem diferente – onde Tony Wilson (interpretado pelo comediante Steven Coogan), reporter de tv e empresário do ramo da música, é o narrador e “eixo da história”. Motivado por um show do Sex Pistols em Manchester no ano de 1976, Wilson decide investir em bandas independentes da “Madchester scene”. Logo entra na história uma banda ainda sem nome que um pouco depois chamaria-se Joy Division. Conhecem?? Para incentivar e mostrar as bandas novas, Wilson organiza a noite da Factory, festas que ocorriam no Russel Club às sextas para bandas independentes, onde aparecem os nomes Joy Division, A Certain Ratio, Vini Reilly e Durutti Column. Com o sucesso das bandas nas festas da Factory, Wilson funda uma gravadora com Alan Erasmus, chamada Factory Records. Após o suicídio de Ian Curtis (em maio de 1980), os integrantes do Joy Division mudam o nome da banda para New Order, e gravam o hit Blue Monday. Nesse momento o filme muda de foco para outro movimento, o surgimento da cultura rave e a banda Happy Mondays (que se “apossa” de boa parte do filme para minha tristeza). Nesta época surge o clube The Haçienda – Fac 51 Haçienda – (1982) concebido por Rob Gretton e financiada pela Factory Records e pelo New Order (que juntamente com Tony Wilson dirigiam o clube). Apesar da Haçienda ser um sucesso, os lucros são bem menores que as despesas, entre outras coisas devido ao dinheiro investido nas gravações de novas bandas, como o Happy Monday e o alto consumo de drogas. O clube fecha em 1997. Achei a forma com o filme foi apresentado muito interessante, com o ator principal atuando como ator e narrador, muitas vezes interagindo com o espectador. A presença de personagens reais (como alguns integrantes das bandas participantes do filme e o verdadeiro Tony Wilson) atuando em papéis secundários no decorrer do filme foi uma boa sacada. Além dos diálogos de Wilson com o espectador que muitas vezes são divertidíssimas, ele ainda tem sacadas geniais e uma bizarra conversa com Deus. Para quem quiser saber mais informações e curiosidades sobre o filme (como ficha técnica, soundtrak, u.s.w.), recomendo o artigo sobre o filme no wikipedia ou a versão (mais reduzida) em português.

outubro 28, 2007

Händel

Filed under: biografia, cultura, música — Tags:, , , , — epona @ 7:03 am

Meu blog também é cultura!!

Estou fazendo para a cadeira de “Música de Câmara” da faculdade, um trabalho sobre uma peça do Händel e assim que finalizá-lo vou disponibilizar aqui no blog,mas por enquanto vou postar a minha pesquisa sobre o compositor da peça:

Georg Friedrich Händel ou George Friedric Haendel (na Inglaterra).

Compositor barroco alemão naturalizado inglês.

Händel nasceu em Halle, norte da Alemanha em 23 de fevereiro de 1685.

Por vontade do pai que era cirurgião barbeiro ingressou na faculdade local para estudar Direito, mas ao mesmo tempo mantinha seus estudos de música escondido do pai. Este acabou por consentir em seus estudos. Aos 17 anos foi nomeado organista da Catedral Calvinista de Halle, mas um ano depois partiu para Hamburgo, onde tocou violino e cravo no teatro de ópera e onde, aos 20 anos de idade, compôs suas duas primeiras óperas: Almira e Nero. Desde então começou a viajar por diversas cidades da Europa, conhecendo outros compositores importantes, como Alessandro Scarlatti. Na Itália, onde se fixou por mais de 3 anos, escreveu óperas, oratórios, música de igreja e de câmara e também adquiriu renome como cravista. Este período na Itália tornou-o internacionalmente famoso. Deixou a Itália no início de 1710 e foi para Hannover, onde foi nomeado Kapellmeister do Eleitor (o futuro Jorge I da Inglaterra). Logo licenciou-se para aceitar um convite de Londres, onde estabeleceu residência permanente a partir de 1712. Lá escreveu mais óperas e também música para igreja e para a corte (pasando a receber uma pensão real). Em 1718 foi nomeado diretor musical do duque de Chandos. Em 1720, Händel foi nomeado diretor da Royal Academy of Music. Neste período compôs mais de 30 óperas italianas, mas em virtude de problemas com os cantores em sua companhia e da impopularidade geral da ópera italiana na Inglaterra, voltou-se cada vez mais para os oratórios ingleses (como O Messias -1742- e Judas Macabeu -1747-). Por volta de 1727, Händel se naturalizou cidadão britânico. A ópera continuou a ser seu interesse central e durante o resto dos anos 1730, Händel oscilou entre a ópera italiana e as formas inglesas, orátórios, odes etc.

Händel era muito econômico na reutilização de suas idéias, e em muitos momentos também reutilizou abundantemente a música de outros compositores. Esses “empréstimos” podiam ser desde um breve motivo a movimentos inteiros, mais comumente adaptados a seu próprio estilo.

Händel faleceu em 14 de abril de 1759, em Londres, oito anos após ter ficado cego de um olho, e mais tarde de ambos. Apesar da cegueira, continuou compondo até o final da vida com o auxílio de um secretário. Foi enterrado na Abadia de Westminster.

Suas obras incluem 32 oratórios, 40 óperas, 110 cantatas, 20 concertos, 39 sonatas, fugas, suítes, obras sacras para missas e obras orquestrais.

Reconhecido por muitos como o maior compositor de sua época, influenciou muitos compositores que vieram depois dele, como Haydn, Mozart e Beethoven.

fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Georg_Friedrich_H%C3%A4ndel

http://en.wikipedia.org/wiki/Handel

Dicionário Grove de Música, Edição concisa, Jorge Zahar Editor

Dicionários de Música Zahar, Zahar Editores

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.